segunda-feira, 26 de fevereiro de 2018

SIMPÓSIOS TEMÁTICOS

1. Doenças, relações familiares e escravidão.

Coordenadores: Profa. Msc. Ana Carolina Cravo.
                          Prof. Msc. Benedito Barbosa.
                          Profa. Mayara Mendonça.


Doenças sempre foi objeto de investigação no campo da saúde, sobretudo na medicina. Mas, a partir da década de 1970, o tema despertou o interesse de historiadores, que gradativamente suscitaram pesquisas, levando em consideração também o uso de novas fontes. Apesar do interesse historiográfico nessas áreas, alguns temas precisam ser investidos, como os estudos voltados para a escravidão. Nesse sentido, o presente simpósio procura investigar a relação da escravidão negra e indígena com as doenças na intenção de aguçar a discussão e desencadear novas pesquisas.
Deste modo, o simpósio procura agregar trabalhos que versam sobre doenças que acometiam negros e indígenas escravizados, e como tais enfermidades poderiam afetar o relacionamento familiar dos mesmos. Tendo em vista o gênero e a idade, alguns males acometiam mais pesadamente uma parcela dessa população, como as mortes em decorrência do puerpério ou ainda aquelas enfermidades típicas dos nascituros.
Os saberes e práticas de curas utilizados por negros(as)/indígenas e/ou para a prevenção e tratamento de escravos doentes, igualmente agrega a experiência de escravos e/ou negros livres ou forros que exercem trabalhos de barbeiro/sangrador, parteiras e outros ofícios no campo da saúde, importantes para conhecer tais práticas socioculturais em um determinado contexto da história da escravidão. Nesse sentido, as redes familiares e de solidariedade entre escravos, livres e forros foram importantes para que os saberes e práticas de cura e prevenção fossem repassados e utilizados na sociedade escravista, fortalecendo e criando novos laços familiares no seio da população. Afinal, a formação e manutenção de um núcleo familiar estão para além dos laços consanguíneos.




2. Tráfico e redes de comércio de escravos.


Coordenadores: Prof. Msc. Diego Pereira.
                          Prof. Msc. Luiz Laurindo Junior.


O presente simpósio está aberto às pesquisas sobre o tráfico de escravos de origem africana – principal mecanismo de reprodução da escravidão negra nas Américas – em suas diferentes dimensões espaciais: transatlântica, interna ou local. Serão aceitos trabalhos em diferentes fases de maturação (de projetos a pesquisas monográficas concluídas), que abordem quaisquer questões relacionadas ao tráfico, como: redes de traficantes; rotas e preços de escravos; agência escrava no tráfico; tráfico, trabalho e economia escrava; história global do tráfico; tráfico e comunidade escrava; demografia do tráfico; entre outras. Embora o foco principal do evento esteja direcionado ao vale amazônico, entre os séculos XVII a XIX, também serão bem-vindos trabalhos voltados a outros espaços e tempos, bem como à relação entre o tráfico de escravos de origem africana e os múltiplos deslocamentos forçados de indígenas na região, a fim de ampliarmos o diálogo acerca do tema.



3. Escravidão e pós-abolição: mundo do trabalho e experiências urbano/rural.

Coordenadoras: Profa. Msc. Bárbara Palha.
                          Profa. Roberta Tavares.


Este GT tem o intuito de reunir trabalhos que discutam as mais diversas experiências de sujeitos históricos, em âmbito individual e/ou coletivo, dentro do contexto da escravidão e do pós-abolição, relacionadas ao mundo do trabalho urbano ou rural e que possam revelar trajetórias de protagonismos, resistências e/ou precariedades. No universo da escravidão, experimentaram o que o regime, com todas as suas prerrogativas, estruturalmente pôde condicionar, inclusive na relação tênue com as liberdades e autonomias. No pós-abolição, mesmo livres, suas experiências estavam muito atreladas ao recente passado escravista e aos desdobramentos dessa relação. Serão aceitos também trabalhos que relacionados com os temas expostos, tratem das experiências indígenas em diálogos com a escravidão negra nas suas alianças, conflitos e trocas que podem ou não ter permanências no pós abolição.



4. Abolicionismos e Liberdade.
Coordenadores: Prof. Msc. Marcelo Lobo.
                          Profa. Viviane Frazão.
Em 2018 completam-se 130 anos da abolição da escravidão no Brasil, os inúmeros embates promovidos por escravos e livres durante mais de três séculos de cativeiro nas Américas contribuíram para a crise do sistema escravista. Este simpósio busca estabelecer os possíveis diálogos entre os processos de emancipação da escravidão, sejam coletivos ou individuais, entre os séculos XVIII e XIX e as ações dos cativos e seus familiares, principalmente a partir da legislação emancipacionista promovida na década de 1870 no Império Brasileiro, contudo outras transformações em sistemas escravistas nas Américas ou no outro lado do Atlântico tiveram suas ressonâncias no Brasil, e direta ou indiretamente criam discursos que subsidiaram lutas por liberdade. Trabalhos que tratem do fim da escravidão Indígena e Negra e seus aspectos legais, políticos e sociais se enquadram no pretendido debate acerca das transformações nas sociedades escravistas e suas contribuições para a abolição da escravidão no Brasil.




5. Ensino de História e Relações etnicorraciais.
Coordenadoras: Profa. Msc. Marley Silva.
                          Profa. Dra. Sidiana Macêdo.

A necessidade imperiosa do debate sobre a diversidade cultural e racial expressas nas legislações educacionais (10.639//2003 e 11.645/2008), evidenciam que não é possível pensar História e Ensino no Brasil sem realizar discussão sobre a questão racial. Esse simpósio pretende voltar se para o debate das questões relativas à cultura afro-brasileira e indígena.

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