domingo, 12 de fevereiro de 2017

SIMPÓSIOS TEMÁTICOS

1. Família, População e Liberdade.

Coordenadores: Profª Msc Ana Carolina Cravo (PPHIST-UFPA) e Profº Drº José Maia Bezerra Neto (FAHIS/PPHIST-UFPA).

Ementa: Por muitos anos a historiografia marginalizou a discussão em torno da temática família e população, no que se referia à família escrava  esta lacuna era ainda mais profunda. Com a renovação historiográfica dos anos 80 e 90, os olhares em torno do tema passaram a ser mais atentos, desde então os estudos envolvendo família escrava foram tomando corpo. Seguindo o mesmo viés, este simpósio busca agregar pesquisas que discutam acerca da temática da família, população e liberdade escrava na Amazônia colonial e imperial. No intuito de refletir ainda como a constituição de laços afetivos e familiares entre os escravos e escravos e livres permitem pensar formas de autonomia escrava e estratégias de obtenção de liberdade no enfrentamento com os senhores. Tendo em vista as espacialidades e especificidades amazônicas em suas diferentes temporalidades.


2. Tráfico e Rede de Comércio de Escravos.

Coordenadores: Profª Msc Cristiane Jacinto (IFMA/PPHIST-UFPA) e Profº Msc Luiz Laurindo Junior (PPHIST-USP/UFOPA).

Ementa: Este simpósio está aberto às pesquisas sobre as diferentes formas de tráfico de escravos negros – tráfico transatlântico, tráfico interno interprovincial, intraprovincial e local –, abrangendo as múltiplas questões a elas relacionadas, como: rotas e preços de escravos, agência escrava no tráfico, tráfico e economia escrava, tráfico e história global, tráfico e comunidade escrava, demografia do tráfico, entre outras. Embora, em compasso com o evento, o simpósio privilegie o vale amazônico entre os séculos XVII a XIX, serão bem-vindos trabalhos sobre outros espaços e tempos, a fim de ampliarmos o diálogo acerca do tema. 



3. Escravidão Urbana, Rural e Mundos do Trabalho.

Coordenadores: Profª Msc Bárbara Palha (SEDUC/PPHIST-UFPA) e Profª Roberta Tavares (PPHIST-UFPA).

Ementa: Os mundos do trabalho na Amazônia colonial e imperial foram marcados pela presença de escravos africanos e afrodescendentes que passaram a habitar a região, de modo mais significativo, a partir de meados do Setecentos, sendo inseridos em diferentes tipos e modalidades de trabalho, tanto no meio rural quanto urbano. A escravidão negra na Amazônia, tanto do ponto de vista estrutural quanto das sociabilidades, foi marcada pelas diversas experiências vivenciadas por estes sujeitos nos diferentes mundos do trabalho, condicionados pelas especificidades da própria região. Este GT tem por objetivos agregar e debater acerca de pesquisas que analisem os mundos de trabalho rural e urbano no qual a escravidão negra esteve presente, levando em consideração diferentes espacialidades e temporalidades, como meio de identificar as similaridades e as peculiaridades nas experiências destes sujeitos escravos nos mundos do trabalho quando, muitas vezes, ressignificaram as formas de trabalho e o controle social estabelecidos.



4. Abolicionismo, Resistência e Liberdade.

Coordenadores: Profº Msc Marcelo Lobo (EA-UFPA/PPHIST-UFPA) e Profª Viviane Frazão (PPHIST-UFPA).

Ementa: Este simpósio tem por objetivo reunir trabalhos voltados a temática do processo que culminou com a abolição da escravidão no Brasil  e suas diferentes nuances e interpretações  na qual abolicionistas, emancipadores, escravos e libertos encontraram no movimento abolicionista um campo de luta , resistência e caminhos para a liberdade. Caminhando com as transformações que a muitos vinham ocorrendo no Império o debate acerca do fim da escravidão não era tema novo, dando seu primeiro “passo” com o fim do tráfico de 1850, passando pela Lei do Ventre Livre de 1871, Lei do Sexagenário de 1884 e por fim com a Lei de 13 de maio de 1888. As chamadas Leis emancipacionistas que tratavam da “questão servil” buscavam solucionar a escravidão dentro do campo legal, porém, principalmente a partir da Lei de 1871, os próprios escravos se apropriam desse mecanismo para obter sua liberdade. Nesse sentido, abolicionistas, advogados, juízes, intelectuais ora defendiam o direito a propriedade, ora o direito a liberdade escrava, interpretações que acabavam inflamando a relação senhor escravo. Por outro lado, os escravos não deixam de se utilizar desses dispositivos para resistir ao cativeiro, bem como adquiri sua liberdade. 


5. Relações Etno Raciais e Ensino de História.

Coordenadores: Profª Msc Marley Silva (IFPA-Tucuruí/PPHIST-UFPA) e Profª Drª Sidiana Macêdo (UFPA/Ananindeua).

Ementa: No Brasil, pensar e ensinar História nos coloca diante de diferentes concepções teóricas e metodológicas. Nessa diversidade de fazer e ensinar História ainda é possível acrescentar as lacunas e dificuldades quanto ao debate e a inserção de temas como cultura africana e afro brasileira, indígena, entre outros. Nesse sentido, há dúvidas da necessidade imperiosa do debate da diversidade, as últimas legislações educacionais, evidenciam que não é possível pensar História e Ensino no Brasil sem realizar um debate sobre a questão racial. Esse simpósio volta-se para as questões de Ensino de História e Relações Etno Raciais, notadamente sobre o processo de ensinar e aprender História no Estado do Pará.